Veja aqui todos os artigos de opinião da Poli-USP.
Reunimos nesta página as entrevistas concedidas pelos docentes da Escola Politécnica perante o ocorrido na barragem 1 do complexo Córrego do Feijão, na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, pertencente à Vale, que rompeu na sexta-feira, dia 25 de janeiro de 2019.
Site da Poli – 28/02/2019
Tragédia de Brumadinho reflete urgência por inovação
Vanderley M. John ressalta que somente avanço nas tecnologias poderá solucionar os riscos da construção e manutenção de barragens de mineração
O professor Vanderley M. John é professor títular do Departamento de Engenharia de Construção Civil – PCC
Câmara dos Deputados – Reunião Deliberativa – 26/02/2019
Professor da Poli participa de Audiência Pública sobre Brumadinho
Radio USP – 22/02/2019
Barragens inativas devem ter supervisão constante, diz especialista
Os cuidados com as barragens desativadas devem ser os mesmos adotados para aquelas em funcionamento
Barragens de rejeitos foi o tema do programa Ambiente é o Meio e o convidado para falar sobre o assunto, o professor Luis Enrique Sánchez da Escola Politécnica da USP, especialista nas áreas de planejamento e gestão ambiental.
Já existiam lições para evitar tragédias antes de Mariana e Brumadinho
Para especialistas, uma sucessão de problemas que poderiam ser evitados culminou com rompimento de barragem
Escute o depoimento do professor Luis Enrique Sánchez, professor titular de Engenharia de Minas da Escola Politécnica da USP, que também contribuiu com a reportagem.
Jornal A Folha de S.Paulo – 11/02/2019
‘Acidentes talvez não fossem evitáveis, mas tragédias, sim’, diz engenheira
Para Maria Eugênia Gimenez Boscov, especialista em geotecnia ambiental, prisão de engenheiros foi ‘no mínimo’ precipitada
A engenheira Maria Eugenia Gimenez Boscov, especialista em geotecnia ambiental, afirma que não existe uma barragem totalmente segura. Isso não significa, entretanto, em sua opinião, que tragédias como a de Brumadinho e Mariana (MG), não poderiam ter sido evitadas.
Maria Eugênia G. Boscov é professora titular do depto. de Engenharia de Estruturas e Geotécnica da Escola Politécnica da USP
BBC Brasil – 11/02/2019
Tragédia da Vale põe em xeque pressão política por licença ambiental rápida e simples
“Outro ponto que tem sido criticado por ambientalistas no PL 3.729/2004 é a dispensa de consulta à Funai (Fundação Nacional do Índio) quando o empreendimento em análise afetar áreas cuja delimitação de território indígena ainda está em estudo. Além disso, a bancada ruralista deseja que, nos casos de terras já reconhecidas, a opinião do órgão não seja “vinculante” (de aplicação obrigatória pela autoridade ambiental).
O texto do projeto de lei já passou por várias versões. Nenhuma delas trouxe medidas para melhorar o processo de consulta às comunidades afetadas pelas obras ou atividades econômicas durante o processo de licenciamento, crítica o professor da Escola Politécnica da USP Luis Enrique Sánchez.
Revista Brasil Mineral – 06/02/2019
Os desafios da Engenharia Mineral
Para discutir os problemas da Engenharia Mineral neste momento delicado em que o setor mineral vive as consequências de um dos principais acidentes com barragens de rejeito já ocorridos, a revista Brasil Mineral realizou um debate na Escola Politécnica, em São Paulo, com a participação dos professores Giorgio Tomi e Arthur Pinto Chaves, ambos do Departamento de Minas e Petróleo – PMI.
Revista Piauí – 02/02/2019
O MOVIMENTO DA LAMA – Vídeos das câmeras de segurança e imagens inéditas de satélite revelam novas peças do quebra-cabeças de Brumadinho; especialistas analisam
As imagens do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, pertencente à Vale, divulgadas nesta sexta-feira, 1º de fevereiro, deram maior clareza aos especialistas sobre o que pode ter levado a estrutura a se desmanchar daquela maneira. Embora não seja possível afirmar a causa exata do rompimento, pois há mais de uma possibilidade, os engenheiros ouvidos pela piauí dizem que há fortes indícios de negligência por parte da mineradora. “Uma barragem não rompe de uma hora para outra”, disse Sérgio Médici de Eston, engenheiro da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, especializado em engenharia de minas. “Ela dá sinais de que vai romper, permitindo que a companhia tenha tempo para sanar o problema e tomar alguns cuidados mínimos, entre eles, retirar o seu pessoal da área de risco.” Para Eston, a Vale parece não ter observado nenhuma dessas premissas.
Globonews – 01/02/2018
Número de mortos em Brumadinho chega a 110 e 238 estão desaparecidos
O engenheiro especialista em minas Sérgio Medici conversou com a GloboNews.
Jornal da USP – 01/02/2019
É urgente gerenciar melhor riscos das barragens de rejeitos inativas.
Professor Luis Enrique Sánchez é professor titular de Engenharia de Minas da Escola Politécnica da USP.
Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo
Portal Conexão Mineral – 31/01/2019
Brumadinho – entre a prudência e a probabilidade, a tragédia
Artigo de opinião dos professores da Poli-USP: Laerte Idal Sznelwar, Mauro Zilbovicius, Cláudio Marcelo Brunoro, Bernardo Luiz Rodrigues de Andrade e José Roberto Castilho Piqueira.
Reportagem da UOL – 31/01/2019
Barragem brasileira é pior? Problema é fiscalização, punição e lucro demais
Artigo de opinião – Professor Cesar Roberto de Farias Azevedo
Regulação como forma de prevenção de acidentes: qual é o papel da Agência Nacional de Mineração?
Professor Cesar Roberto de Farias Azevedo, do Departamento de Engenharia Metalúrgica e Materiais da Poli-USP.
Rádio USP – 30/01/2019
Falta cultura de segurança forte nas empresas, diz especialista
Professor da área de Engenharia de Minas afirma que tragédia de Brumadinho é um exemplo dessa precariedade
Em entrevista ao Jornal da USP no Ar, o professor Sérgio Médici de Eston, do setor de Engenharia de Minas da Escola Politécnica (Poli) da USP, afirma que Brumadinho se tornou mais um capítulo da triste crônica brasileira de tragédias anunciadas e aponta que o problema — que poderia ser evitado — está justamente na segurança. “Está, principalmente, no que eu chamo de ‘cultura de segurança das empresas’. E não é uma novidade no País, pois o Brasil não tem cultura de segurança. Aquelas empresas resolvem correndo os riscos maiores na área de engenharia e os riscos de engenharia são maiores que os riscos financeiros. No financeiro, se você fizer um mal negócio, você perde uns US$ 100 milhões. Mas o risco com obras de engenharia vai ser um crime ambiental e perdas de vidas. Esta falta de segurança permeia o Brasil: cai viadutos por falta de manutenção, não tem gerenciamento adequado de riscos, controles rígidos que não devem ser burlados.”
Época Negócios – 29/01/2019
Modelo de barragem usado em Brumadinho e Mariana é o mais barato e menos seguro
“A montante é o método mais comum e, segundo especialistas, o mais barato. Nele, as novas camadas são construídas sobre o dique inicial com os rejeitos da própria operação de mineração. “É um método menos seguro que os outros dois”, diz Luis Enrique Sánchez, engenheiro especializado em minas e professor da Escola Politécnica da USP.”
Exame – 29/01/2019
“Se houvesse 10 presos de Mariana isso não teria acontecido”, diz professor
“Nada realmente mudou desde Mariana, nem mesmo a sirene tocou em Brumadinho”, diz Sérgio Médici de Eston, professor titular da Poli-USP
Artigo de Opinião – 29/01/2019
Professor Giorgio Giacaglia comenta o comportamento dos fluídos nas barragens do ponto de vista da física
A chave é a seguinte: Pela Lei de Stevin a pressão exercida por um fluido sobre uma barragem depende de duas coisas: maior, quanto maior a profundidade, e MAIOR, QUANTO MAIOR A DENSIDADE DO FLUIDO. Eu duvido que o projeto das barragens levou em conta que, com o passar do tempo e acúmulos de rejeitos pesados, a pressão na barragem aumenta continuamente. A consultoria alemã certamente não mediu a densidade do fluido! Estabilidade da barragem pela simples análise da barragem nada significa. Quando o presidente da VALE disse que há três anos não era mais usada e que estava muito seca, eu pensei: caramba! Qual a densidade do fluido que estava lá? Pelas imagens, estou estimando, e cerca de 8 vezes a densidade da água. Se isto for um valor aproximado, pela Lei de Stevin, a 10 metros de profundidade a pressão é 80 toneladas/metro quadrado, oito vezes se fosse água. Claro que ia romper! E as outras 45 também vão romper na medida que a densidade aumenta pelo acúmulo dos dejetos. Isto também deve ter causado o rompimento de Mariana. Observe que pelo vídeo publicado a ruptura de Brumadinho se iniciou na parra inferior. Maior profundidade maior pressão. Os engenheiros estão procurando as causas; a Lei de Stevin faz parte do programa de Física do ensino médio. Peça para medir a densidade da lama que se espalhou. Simples. Vamos fornecer aos alemães essa Lei.
Artigo para o Jornal da USP – 28/01/2018
Mariana e Brumadinho confirmam a falência das barragens de montante
Maria Eugênia G. Boscov é professora titular do depto. de Engenharia de Estruturas e Geotécnica da Escola Politécnica da USP
As rupturas das barragens de Fundão em Mariana e de Feijão em Brumadinho, somadas a outras tantas rupturas de barragens de rejeitos de mineração ocorridas nas últimas décadas no Brasil e no mundo, não deixam dúvida: é imprescindível aposentar definitivamente o alteamento de barragens pelo método de montante – ou seja, a construção de novas etapas da barragem na parte interna do reservatório, sobre os rejeitos já depositados. Leia mais.
Entre Aspas – Globo News – 29/01/2019
Jornal Nacional – 29/01/2019
Professora Maria Eugênia G. Boscov fala ao Jornal Nacional sobre técnicas de construção de barragens
No dia 29 de janeiro, a Profa. Maria Eugênia G. Boscov, professora titular do depto. de Engenharia de Estruturas e Geotécnica da Escola Politécnica da USP, deu seu depoimento ao Jornal Nacional
Jornal da USP – 28/01/2018
“Tragédia em Brumadinho: Método mais caro para construção de barragem é também o mais seguro”
Professora da Poli comenta métodos para construção de barragem de rejeitos de mineração.
A professora Maria Eugênia Gimenez Boscov, do Departamento de Engenharia de Estruturas e Geotécnica da Poli, aponta que, para as barragens de rejeitos, existe outro método mais adequado do que o método de montante, este sendo mais utilizado por seu baixo custo. “O de jusante é muito mais seguro, porque a barragem cresce para fora e não para dentro. A cada alteamento, a barragem vai sendo construída sobre o natural, ou seja, no solo mais firme. É claro que, com isso, a barragem usa muito mais material, portanto ela fica muito mais cara. O custo de uma barragem construída por jusante é três vezes mais caro do que uma de montante, aproximadamente. Mas obviamente é muito mais seguro. Como está sendo construída em um solo firme, a barragem pode ser compactada, é possível construir filtros, drenos, ao passo que a barragem construída no terreno mais mole tem a dificuldade de criar esses elementos protetores.” A reportagem completa e o áudio da entrevista com a professora podem ser acessados aqui.