“Tenho um vínculo histórico com as atividades de divulgação da USP e da Poli em particular”, afirma o professor. Seus anos na Poli o consolidaram como uma referência de ensino e pesquisa. 

Antonio contribui significativamente para a pesquisa na Escola Politécnica. Muitos dos resultados de sua pesquisa acabaram por ser utilizados em normas técnicas, práticas recomendadas e especificações que nortearam a aplicação do concreto para as obras subterrâneas, típicas de obras de infraestrutura.

“Como professor titular da Poli pretendo continuar colocando todo meu empenho para que a área de infraestrutura seja uma das prioridades em pesquisa na instituição”, pontua. O professor também é orientador de uma série de projetos de pesquisa e aponta que direcionar e formar novos pesquisadores foi sua principal contribuição para o meio acadêmico.

Antonio acredita que os processos de ensino de engenharia devem ser dinâmicos, e que a reformulação do currículo acadêmico seja a solução para fortalecer o ensino baseado em competências.

“Eu procuro sempre utilizar a minha experiência de pesquisador para incutir a visão crítica de ação de engenharia nos alunos, de modo a torná-los mais dispostos a se debruçar sobre temas inovadores”, aponta o professor.

As atividades de extensão na Poli têm papel essencial na formação de seus alunos. O professor acredita que é por meio delas que é possível dar ênfase a questões sociais e agregar métodos práticos ao ensino conteudista em prática hoje na Universidade. 

O impacto da Poli 

São 41 anos dedicados à Escola Politécnica. Aqui, o professor formou-se como engenheiro e pesquisador e, atualmente, ajuda centenas de jovens engenheiros a fazerem o mesmo. 

“A carreira acadêmica é, fundamentalmente, uma carreira plural que depende de muitas pessoas para ser realmente efetiva”, afirma o professor. 

Na Poli, Antonio conheceu a maioria de seus parceiros profissionais. Dentre eles, seus professores de referência Ubiraci Lemes Espinelli de Souza e Vahan Agopyan, que em muito contribuíram para a decisão de se dedicar à docência e pesquisa. 

Como professor titular, Antonio acredita que o futuro da Universidade depende da inclusão. Segundo ele, o principal desafio é garantir que jovens de todas as origens ocupem espaços de prestígio científico, em especial os alunos oriundos de setores mais vulneráveis da sociedade.

“Uma vez dentro da instituição, eles (alunos) precisam se sentir em casa. A Poli deve buscar uma redução da aridez ambiental para melhorar o nível de acolhimento dos nossos alunos, tanto de graduação como de pós-graduação”, defende.

“A Poli é minha casa profissional. Aqui me formei engenheiro e garanti minha atuação como docente e pesquisador”

Antonio Domingues de Figueiredo.