Há 13 anos, a USP inaugurou o Centro de Descarte e Reúso de Resíduos de Informática (Cedir), que reaproveita computadores antigos e os empresta para projetos sociais e unidades da Universidade, além de se transformar em local de garimpagem de componentes para vários grupos de estudo, pesquisa e de extensão acadêmicas.
O galpão, localizado no campus da USP no Butantã, em São Paulo, atende os institutos da Universidade, organizações educacionais sem fins lucrativos e órgãos públicos, como hospitais. Mensalmente, o Cedir recebe cerca de oito toneladas de materiais, doados de empresas e da própria USP; garimpados, podem ser usados para equipar laboratórios de informática, para a busca por metais de terras raras presentes nos discos rígidos, para produzir impressoras de material tridimensional ou de escrita (com canetas acopladas), na composição de robôs e em projetos de computadores de placa única.
Ambientalmente, proporcionar a destinação correta para o material de informática é essencial e, além disso, a reciclagem pode ser economicamente interessante, já que o lixo eletrônico, se tratado de forma correta, vale dinheiro. “Esse projeto pode ser replicado para qualquer instituição que tem um problema de inclusão. Para a inclusão, não é necessário ter computadores novos. A remanufatura resolve. Eu mesma uso computador velho”, conta a professora Tereza Cristina Melo de Brito Carvalho, do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais (PCS) da Escola Politécnica (Poli) da USP, e criadora do projeto.
Leia a matéria do Jornal da USP na íntegra.